08 junho 2008
"Infelizmente, os analistas políticos, jornalistas e outros que agora estão a falar muito nunca põem o dedo na ferida. Falam sobre um partido liderado por príncipe zulu e sobre uma possível terceira força que teriam instigado os atentados contra cidadãos estrangeiros residentes na África do Sul, para além dos criminosos que normalmente passeiam a sua classe neste país. Estas teorias todas pecam por uma coisa: atribuem as culpas a terceiros e criam outras expectativas. Por exemplo, ao atribuir todas as culpas a uma terceira força, cria-se a esperança de algum dia, após as investigações, as forças de defesa e segurança apresentarem algumas provas ou elementos pertences a tal terceira força. É geralmente sempre a mesma coisa entre nós, os africanos: as nossas desgraças são causadas por terceiros – colonialismo, imperialismo, terceiras forças, etc., etc. Nunca geralmente aceitamos que as nossas acções constituem um fermento ou catalisador activo das nossas desgraças." - Jonas Manuel Mavihani.
Abraço!
Carlos Serra
07 junho 2008
Pas raciais
Bonjour à tous.
Sacrebleu! Pois alors la questão vital é atribuir aos brancos a malignidade dos getos sul-africanos et desta maneira evacuar o estudo sério des problèmes.
Tal como les plantas têm a polinização das flores assegurada pelos insectos que as visitam buscando quer néctar quer pólen, M. Gorane tem a sua epistemologia assegurada pelos brancos que polinizam ses preconceitos.
Une toute petite chose M. Gorane: que necessidade têm os brancos de provocar a “heliotaxia” agressiva dos pauvres dos townships quand precisam deles como mão-de-obra bon marché?
Mais: mesmo si aceitássemos a sua branca théorie, il va falloir explicar qual a razão por que les pretos reagem como reagiram.
M.Gorane é o perfeito exemplo do efeito Halo voilà.
Le problème, M. Gorane, consiste em estudar em profondeur as razões que produisent la violence et essas razões são sociais et pas raciais.
Amitiés.
Joseph Poisson
Sacrebleu! Pois alors la questão vital é atribuir aos brancos a malignidade dos getos sul-africanos et desta maneira evacuar o estudo sério des problèmes.
Tal como les plantas têm a polinização das flores assegurada pelos insectos que as visitam buscando quer néctar quer pólen, M. Gorane tem a sua epistemologia assegurada pelos brancos que polinizam ses preconceitos.
Une toute petite chose M. Gorane: que necessidade têm os brancos de provocar a “heliotaxia” agressiva dos pauvres dos townships quand precisam deles como mão-de-obra bon marché?
Mais: mesmo si aceitássemos a sua branca théorie, il va falloir explicar qual a razão por que les pretos reagem como reagiram.
M.Gorane é o perfeito exemplo do efeito Halo voilà.
Le problème, M. Gorane, consiste em estudar em profondeur as razões que produisent la violence et essas razões são sociais et pas raciais.
Amitiés.
Joseph Poisson
06 junho 2008
O nosso mau costume
Aqui estou eu, como vos tinha prometido, algo atrasado é verdade, mas enfim estou. Demorei mais tempo do que previa com os os meus dois clientes, mas vocês sabem bem quanto tempo perdemos nestas coisas do foro jurídico.
O que se passou na África do Sul tem, para mim, a clareza das coisas evidentes: foi uma força obscura, mas real, viva, uma força que vive ainda do espírito do apartheid e especialmente de Botha, quem agitou os nossos irmãos dos townships.
Estamos próximos das eleições e, de novo, era importante mostrar que os negros não sabem lidar com a democracia.
Mais: a ideia era a de mostrar ao mundo que os irmãos sul-africanos não estão preparados para receberem o mundial de 2010, que sem os brancos a governar o barco afunda.
Peguem no que se passou em 1994, juntem ao que agora se passou e verão que tudo se compreende.
Infelizmente, nós, os Africanos, temos o mau costume de nunca percebermos coisas como essas e de fazermos de nós próprios os bodes expiatórios, os culpados à mão.
Batemos e matamos irmãos com espírito servil, de sipaio cumpridor.
E por agora mais não disse.
Respeitosos cumprimentos.
Félix Gorane
O que se passou na África do Sul tem, para mim, a clareza das coisas evidentes: foi uma força obscura, mas real, viva, uma força que vive ainda do espírito do apartheid e especialmente de Botha, quem agitou os nossos irmãos dos townships.
Estamos próximos das eleições e, de novo, era importante mostrar que os negros não sabem lidar com a democracia.
Mais: a ideia era a de mostrar ao mundo que os irmãos sul-africanos não estão preparados para receberem o mundial de 2010, que sem os brancos a governar o barco afunda.
Peguem no que se passou em 1994, juntem ao que agora se passou e verão que tudo se compreende.
Infelizmente, nós, os Africanos, temos o mau costume de nunca percebermos coisas como essas e de fazermos de nós próprios os bodes expiatórios, os culpados à mão.
Batemos e matamos irmãos com espírito servil, de sipaio cumpridor.
E por agora mais não disse.
Respeitosos cumprimentos.
Félix Gorane