O nosso mau costume
Aqui estou eu, como vos tinha prometido, algo atrasado é verdade, mas enfim estou. Demorei mais tempo do que previa com os os meus dois clientes, mas vocês sabem bem quanto tempo perdemos nestas coisas do foro jurídico.O que se passou na África do Sul tem, para mim, a clareza das coisas evidentes: foi uma força obscura, mas real, viva, uma força que vive ainda do espírito do apartheid e especialmente de Botha, quem agitou os nossos irmãos dos townships.
Estamos próximos das eleições e, de novo, era importante mostrar que os negros não sabem lidar com a democracia.
Mais: a ideia era a de mostrar ao mundo que os irmãos sul-africanos não estão preparados para receberem o mundial de 2010, que sem os brancos a governar o barco afunda.
Peguem no que se passou em 1994, juntem ao que agora se passou e verão que tudo se compreende.
Infelizmente, nós, os Africanos, temos o mau costume de nunca percebermos coisas como essas e de fazermos de nós próprios os bodes expiatórios, os culpados à mão.
Batemos e matamos irmãos com espírito servil, de sipaio cumpridor.
E por agora mais não disse.
Respeitosos cumprimentos.
Félix Gorane

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