31 dezembro 2006
23 dezembro 2006
Sr. Poisson
Sr. Poisson: há coisas que devem ser absolutamente respeitadas, sabe? O que o Sr. chama orgasmo deve pertencer ao pudor, à privacidade.
O orgasmo tem raça, sim senhor: a raça da privacidade, do respeito.
Você algum dia ouviu falar de um Africano que abrisse um site para propor um dia mundial do orgasmo? Isso é apenas coisa de vocês, europeus, sempre nervosos, incompletos, não realizados.
Nós, Africanos, amamos as pessoas. Vocês, Europeus, amam as coisas. Por isso vocês falam tanto em sexo e em orgasmo, manifestação clara de raiva e impotência.
Tenho dito.
Os meus cumprimentos.
Félix Gorane
18 dezembro 2006
16 dezembro 2006
12 dezembro 2006
Orgasmo Global
Um interessante fenómeno sociológico: alguém propôs um Orgasmo Global para que a energia libertada reduza a violência mundial. O que vocês, sempre a discutir coisas bizantinas, acham da ideia? Podem consultar aqui o convite.
Carlos Serra
Bonne chance M. Gorane!
M. Félix Gorane
Sobre a ascendência extra-humana de M. Gorane
Oh oui, li com imenso plaisir a sua mensagem ténébreuse, acho-a muito promissora, vraiment grandiosa.
Sabe, não tenho qualquer problema em lhe consentir essa sua marveilleuse capacidade de se pôr inexistente depois que criou os seus ascendentes extra-humanos. Bonne chance, M. Gorane! Que dieu o ajude em sua humanóide carreira.
Sobre M. Zico
Ah non, é intolerable a letra de M. Zico. Na minha condição (completamente afirmée, de homossexual) condeno veemeentemente todo o atentado à integridade moral de quem quer que seja. Especialmente se esse atentado atinge as mulheres, que tanto amo por lhes sentir a sensibilidade. Voilà!
Amitiès à tous.
Joseph Poisson
07 dezembro 2006
Sobre as crenças e a canção de Zico
Julgo que fenómenos como a existência de Deus e dos espíritos só podem ser compreendidos ao nível das nossas crenças. Meus irmãos, tentarmos, nesse campo, saber se temos ou não a verdade é tarefa ignara. As crenças são verdadeiras justamente porque são crenças.
Quando à canção de Zico, devo dizer que a sua letra me entristece. Todavia, creio que é importante estudarmos o meio social que a aceita.
Os meus mais respeitosos cumprimentos.
Geraldo do Santos
Maboazudas e poissonadas
Vou permitir-me responder aqui ao Sr. Joseph Poisson e à Sónia.
Para o Sr. Poisson
O Sr. Poisson é sempre igual a si próprio: faz do aburdo a sua lógica. Quem deu origem ao pai do Sr. Poisson? O avô e a avó. E quem deu origem ao avô e à avó? O bisavô e a bisavó. E por aí fora. Façamos o que fizermos, atrás do Sr. Poisson existe uma ascendência ilimitada, por geração espontânea. Circularidade diz o Sr. Poisson? Não: poissonaridade sim!
O mundo é demasiado pequeno para conter a inumerável progenitura poissonesca.
Não se apercebe o Sr. Poisson da aporia em que incorre? Não sabe o Sr. Poisson que o nascimento da terra é datável e que nós não pudemos ter nascido da terra?
Apenas alguém demasiado grande, demasiado belo, nos pode ter criado e, assim fazendo, permitido que pessoas como o Sr. Poisson se interroguem hoje sobre o absurdo.
Para a Sónia
Quanto às maboazuda do nosso Zico. Olha, Sónia, um colega de ofício escreveu de facto no Savana que do ponto de vista da nossa constituição a canção fere alguns artigos. Mas o problema não é a constituição, o problema é que Zico traduz o sentimento popular, seja de homens, seja de mulheres. Esta a real constituição, a do sentimento popular, se quisermos cingir-nos à música. Não é canção dançadas por milhares de mulheres e de homens? Quem te disse, Sónia, que de facto a letra vos fere a vós, mulheres? Por que razão tu e outros não tentam ler e sentir a canção do ponto de vista de uma forma brincalhona de render homenagem às mulheres? O que está Zico, no fim de contas, a dizer senão que ama todas as mulheres seja qual for a sua raça, a sua cor? Ou não quereis ser amadas?
Tenho dito.
Félix Gorane.
Maboazuda
Vocês (Poisson e Gorane) parecem-me muitos metidos a temas demasiado apimentados para o meu gosto.
Cá por mim preocupa-me o fenómeno da canção do Zico, as maboazuda.
Como mulher, gosto de ser cortejada, gosto de me sentir rodeada da carinho e reverênncia (que mulher não gosta?), acho isso perfeitamente normal, mas não posso suportar a forma como as mulheres são tratadas na canção do Zico.
Nós, mulheres, somos tratadas nessa canção como gado, como vacas.
Ainda por cima venho a saber que a Rádio Moçambique a considerou a canção mais popular do país.
O que vocês, homens, disso pensam?
Eu penso que é um ultrage, um insulto.
Beijinhos.
Sónia Ribeiro
05 dezembro 2006
Ah oui, M. Gorane, sou ateu graças a deus!
Mon cher Félix Gorane
Ah oui, je suis vraiment ateu graças a deus, sabe? Já sei como você e outros fazem: colocar a montante dos humanos um extra-humano chamado deus, uma substância supostamente auto-criada. Sacrebleu! Mas eu lhe direi: parta do princípio sensato de que foram e são seres humanos quem criou e cria outros seres humanos. Você dirá, cependant: admito o seu pensamento circular, mas em troca o Sr. Poisson tem de admitir que a circularidade precisa de um motor, de algo que lhe dá origem, de um combustível original, de uma faúlha. Esta origem está em deus, dir-me-á. E eu respondo-lhe que a sua observação é imediatamente abstracta. É uma chose absurda para a qual não tenho resposta. Sabe, M. Gorane, quando o senhor se coloca a origem do homem e da natureza, o senhor mais nada faz senão abstrair do homem e da natureza. O senhor dá-os como não existentes e depois quer, à viva força, que eu os torne existentes? Sacrebleu! Faça o seguinte: desista da sua questão e de imediato abandonará a sua tola abstracção. Je vous prie: não faça da sua abstracção um manifesto da inexistência do homem, monsieur! Ou quer você ser tão egoísta que, concebendo tudo como não-existente, deseja viver sozinho...na sua não-existência? Vá lá, monsieur, tente evacuar essa ideia da criação extrínseca aos seres humanos! E eu nem quero falar agora sobre esses sub-deuses que são os espíritos que certamente levaram o amigo Geraldo (que cabotino, ce monsieur-là!) a atirar l´épouse para a carroça do lixo.
Écoutez: sabe de quem é o conjunto de coisas que lhe acabei de escrever? Do jovem Marx!
Amitiés à tous!
Joseph Poisson
Para o Sr. Joseph Poisson
Visceral cartesiano que é, irremediavelmente europeu, crítico amargurado do que nós, Africanos, pensamos, homem sem optimismo, incapaz de pensar a vida para além do seu umbigo parisiense e da sua farmácia, certamente que o Sr. Joseph Poisson é ateu. É isso, Sr. Poisson? Estou curioso de saber.
Tenho dito.
Melhores cumprimentos.
Félix Gorane
03 dezembro 2006
Também de acordo
Também de acordo. Olhe, Sr. Carlos Serra, o coordenador é bem mais do que o acesso às configurações, é estimular o debate, é orientá-lo.
Estou certa de que o Sr. Geraldo é capaz de fazer isso, mas também estou certa de que ele deve ter sofrido um grande abalo com o que se passou.
Beijinhos.
Sónia Ribeiro
Minha posição
Sabem, essa história do coordenador está mal contada e cheira-me a desculpa de mau participante. Cada um de nós tem acesso às configurações do blogue e pode, portanto, postar em qualquer altura.
Descarregam no Gorane o que é problema vosso, o que é problema nosso.
Mas se esse for o vosso desejo, assumo a coordenação. Contudo, que fique claro, dentro das limitações que conheceis e das quais vos dei conta desde o princípio. Por exemplo, sabeis que giro vários blogues.
Abraço.
Carlos Serra
Incroyable!
Incroyable! Intolérable! Tu, filistino sem medida, tens a ousadia de nos dizer que deixaste a mulher porque era ela quem fazia as tuas pernas andarem bambas? Tu, um professeur?
C´est pas possible!!!!!!
Amitiés.
Joseph Poisson
P.S. Concordo que o filistino do Carlos seja o coordenador c´est bien desde que não seja ele o próximo a aller ao curandeiro.
Meu voto de pesar
Devo confessar-vos a minha profunda mágoa por termos suspenso o nosso diálogo. Sinceramentre, não entendo quer o vosso silêncio, quer especialmente o silêncio do Sr. Geraldo dos Santos.
Quero crer que a ida ao curandeiro do Sr. Santos o perturbou muito.
Amigos, recomecemos!
Um abraço do tamanho do Zambeze!
Sónia Ribeiro