24 março 2007

Está bem...


Estou certa de que todos aceitaremos a pausa.
Estou feliz por termos estado hoje todos aqui, coisa que acontece muito raramente.
Abraço do tamanho do meu Zambeze para todos e votos de um óptimo sábado para vós e vossas famílias.

Sónia Ribeiro

Pedido de pausa


Meus amigos, proponho-vos uma pausa na minha qualidade de coordenador do debate.
Temo que toda essa força interventiva se esgote e que depois não ressurja nos próximos dias, como é vosso horrível jeito.
Depois vos rechamarei.
Obrigado pela compreensão.
Abraço.

Carlos Serra

Nenhum aspecto pode ser descurado


Em ciência, meu caro Poisson, nenhum aspecto pode ser descurado.
A ironia faz desopilar, mas a ciência tem uma missão completamente diferente.
Não se deve descurar nenhum fenómeno, nenhum detalhe, quando se investiga.
Respeitosos cumprimentos.

Geraldo dos Santos

E se foi um feiticeiro com mau olhado?


Vocês são mesmo uns "enfants gâtés", mes amis.
Um de vocês já falou du calor, depois foi a vez du cabotin Geraldo falar de sabotagem.
Maintenant só falta mesmo dizer que tudo se resumiu ao mal olhado de algum sorcier, de algum feiticeiro para usar as vossas palavras.
E os mais agressivos até avançarão com uma sabotagem dos meninos da Renamo.
Por favor, mesdames e messieurs!
La chose é demasiado séria para nos pormos a brincar.
Amitiés.

Joseph Poisson

Sabotagem???


Sabotagem, diz o Senhor Geraldo dos Santos?
Muito bem, aceitemos o problema tal como o Senhor o equaciona.
Mas, então, diga-me lá: se depois das explosões de Janeiro se sabia que o paiol não era imune a problemas, não devia a "sua" sabotagem também ter sido prevista, ainda por cima estando o paiol situado numa zona onde, pelo que me é dado saber, vive muita população?
E depois diga-me outra coisa: quem iria sabotar material bélico sem uso militar? Por quê e para quê?
Tenho dito.
Félix Gorane

Não pode ter sido sabotagem?


Escutai, meus irmãos: precisamos sempre investigar mais rigorosamente do que aquilo que as nossas emoções e a nossa precipitação querem e permitem.
A emoção é sempre inimiga da sensatez e da ciência.
Por exemplo, não pode ter-se tratado de sabotagem?
Não devemos investigar todas as arestas do problema?
Estou certo de que concordareis comigo.
Os meus respeitosos cumprimentos.

Geraldo dos Santos

Alguma negligência?


Senhor Geraldo dos Santos: o Senhor falou mesmo em "alguma" negligência?
Deveras que não acredito!
Certamente o seu curandeiro curou-o mal quando foi da história de sua esposa.
Tenho dito.

Félix Gorane

Alguma negligência


Não creio que tivesse havido má fé por parte dos militares no que concerne à gestão do paiol.
Provavelmente houve, sim, alguma negligência, alguma convicção de que as explosões não voltariam a acontecer. A alma humana é frágil.
E depois aquele material bélico já não é usado. Se não é usado esquecemo-nos dele.
Os meus cumprimentos.

Geraldo dos Santos

La chaleur!!!!



Mon dieu!!!
Ah la chaleur!!!
Esse vosso calor inimigo que não deixa as munições repousar em paix após tanto travail durante anos!
Sacrebleu!
Já sei como as coisas acontecem nestas situações: o colonialismo, o calor, o inimigo externo, etc.
A alma é sempre pura, o problema está sempre fora.
Oui, os culpados naturais, voilà!
Amitiés.

Joseph Poisson

E se foi de novo o calor?


Estais certos de que não devemos culpar o calor, essa indomável força da natureza?
Abraço.

Carlos Serra

Até parece que Deus nos castiga


Eis também aqui, após tão grande interregno.
Estou muito feliz por vos reencontrar, meus irmãos.
Tal como vós, estou muito triste com o que se passou aqui em Maputo.
Flagelos diversos têm-nos apoquentado, não faz muitos dias que as ondas enormes atingiram várias zonas de Maputo de forma dramática, não faz muito tempo que as cheias e os ciclones nos afectaram.
Agora temos as explosões e toda esta tragédia, estas mortes, estes feridos, esta destruição horrível.
Até parece que Deus nos castiga.
Prossigamos o diálogo.
Vosso.

Geraldo dos Santos

A minha opinião como jurista


O meu sincero boa-noite para vós.
Finalmente parece que estamos juntos de novo, o que é coisa bem salutar.
Por aquilo que pude saber, em Janeiro deste ano o paiol registou explosões cujas consequências foram bem menores do que aquelas agora verificadas.
O que agora se passou é trágico.
Ora, soube que o Presidente da República ordenou que o paiol fosse fechado.
Por outras palavras, foi necessária uma tragédia para que o Senhor Presidente mandasse fechar o que o Senhor Ministro da Defesa já deveria ter mandado fechar há muito tempo, sabedor dos riscos de armazenar material de guerra que já antes tinha explodido.
Morreram muitas pessoas, houve centemas de feridos, muitas coisas foram estragadas, a dor é imensa.
Portanto, à sombra da lei estamos perante matéria criminal.
Tenho dito.

Félix Gorane

Moi aussi


Sim senhor, o monde está de nouveau aqui.
Moi aussi.
Pois é, aqui também soube de como vocês têm o extremo cuidado de garder bien os vossos paiois. Eles só explodem por estarem bem protegidos.
Et estou foncièrement encantado com o facto de que as medidas preventivas são tão mais fortes quanto o paiol da vossa cidade está em zona habitada. Ironia? Pas du tout.
Voilà, une chose maravilhosa.
Tenho alguma informação, mas prefiro primeiro escutar-vos.
À tout à l´heure j´espère.
Amitiés.

Joseph Poisson

Por que não se tomaram medidas atempadas?


Olá, boa tarde, Sr. Carlos!
Hoje estou aqui e vi logo o que escreveu!!!!
Tão bom reencontrarmo-nos....
Estava para escrever, mas temia que vocês pensassem que eu stava a ser demasiado ousada...
Ainda bem que nos alertou, assumo por todos a nossa preguiça, como, aliás, várias vezes tenho feito. Ainda por cima, no que me toca, este maldito calor aqui em Tete entorpece mentes e vontades.
Tenho acompanhado pela rádio e pela televisão o drama de Maputo, tenho pensado no sofrimento imenso de todos aqueles que perderam entes queridos, de todos aqueles que sentiram medo, de todos aqueles que perderam os seus haveres, de todos aqueles que andaram horas sem saber o que se passava, de todos aqueles, enfim, que foram feridos.
Interrogo-me sobre as causas das explosões e sei que também aconteceram em Janeiro ou Fevereiro deste ano, não estou bem certa.
Se já tinham acontecido, qual a razão por que não se tomaram imediatamente as medidas necessárias?
Estais em Maputo, você e o Sr. Geraldo, sabeis melhor o que se passou do que eu ou o Gorane.
O meu forte abraço e a minha solidariedade para com todos os que, de uma forma ou outra, sofreram e sofrem.

Sónia Ribeiro

Explosões que nos explodem


Minha gente, andais arredios desta nossa página, demasiado arredios. Deixemos os linchamentos, que linchado e lixado estou eu com a vossa ausência.
Debatamos agora as explosões no paiol de Malhazine na periferia de Maputo. Cada um de vós tem acesso à configuração do portal e pode, portanto, em qualquer altura, aqui postar.
Aguardo-vos.
Escrevam, seus sornas! Só escreveis quando vos aplico um valente tautau nesse rabo remisso!

Carlos Serra