08 outubro 2007

Portefólio

Portefólio, queres tu dizer, ó Joseph! Vê se aprendes português definitivamente.
Abraço.

Carlos Serra

14 Comments:

Blogger AGRY said...

Para Frantz Fanon , grande vulto da intelectualidade africana, a consciência nacional é a forma mais elaborada da cultura. À consciência nacional, que não confundia com nacionalismo, atribuía-lhe uma dimensão internacional.
“É no coração da consciência nacional, dizia Fanon, que se eleva e se vivifica a consciência internacional.
À compartimentação da sociedade colonial e ao seu carácter violento e culturalmente egocêntrico e ultrajante, dever-se-à opor a edificação de nações libertas de sistemas ,novos ou velhos, castradores da liberdade dos povos e das suas culturas.
Nas cinzas de sociedades “cortadas ao meio” não podemos construir ideologias exacerbadoras de velhos e novos fantasmas. Ressuscitar, exaltar, e transpor para outras épocas e outras geografias, o tenebroso conceito etnocultural hitleriano é resvalar para formas exacerbadas de nacionalismo execrável (como todos)
É convertermo-nos , mesmo ao nivel da linguagem, em meros altifalantes de interesses obscuros

segunda-feira, outubro 08, 2007 9:12:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estou completamente de acordo Agry.
Abraço daqui.
Sónia Ribeiro

segunda-feira, outubro 08, 2007 11:08:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A leitura de Soonia Ribeiro parece-me um pouco racista. Entao os negros nao sabem trabalhar a terra, produzir tabaco e milho? E o que veem fazendo desde que a Companhia fundada por Cecil Rhodes chegou ao Zimbabwe? nao foi produzir todas essas coisas? E os brancos, que de acordo com Soonia, sao Competentes, fizeram jus aa sua competencia no Niassa (Mosagrius) e Manica? Suas farms nao faliram ignomniosamente? Porque faliram?

E ja� agora, onde a Soonia coloca o poderoso e eficiente bloqueio economico a que os ocidentais sugeitaram o Zimbabwe? Sem insumos e com os mercados fechados os farmeiros (fossem negros ou brancos) poderiam continuar a prosperar?

Vocees acham mesmo que as terras que os bracos expropriaram violentamente entre os finais do seeculo XIX e princiipios do seeculo XX deveriam continuar na mesma? Sem nenhum esforco de correccao? Em nome da tal competeencia dos brancos no maneio da terra?

G. Matsinhe

quarta-feira, outubro 10, 2007 5:10:00 da tarde  
Blogger chapa100 said...

o problema foi que o mugabe fez opcoes erradas para zimbabwe como nacao soberana, os principios de uma nacao soberana na concepcao ocidental e etnocentrica requerem condutas democraticas e de relacoes politicas sociais que fogem ao comportamento do mugabe. engracado ainda foram esses principios que condicionaram a concepcao do projecto do mugabe sobre a liberdade e independencia da nacao zimbabweana.

a questao da terra é crucial para qualquer povo, se nao, nao estariam as companhias nacionais de construcao de infra-estruturas sociais como estradas a negociar e provedenciando economicamente as cerimonias tradicionais de aquisicao de terra para construcao da estradas pelo mocambique dentro.

no ultimo post do chapa100 escrevo um pouco sobre mugabe

sexta-feira, outubro 12, 2007 12:30:00 da tarde  
Blogger João Feijó said...

G.Matsinhe. Concordo inteiramente! Há uma tendência de se racializarem as competências empresariais, de procurar motivos biológicos para questões económicas e sociais.

Ao contrário de Sónia, Matsinhe relativiza o sucesso do investimento zimbabueano em Moçambique (Manica), referindo falências tanto em Manica como no Niassa (Mosagrius). Sónia e Matsinhe, podem fornecer dados mais concretos?
- Quantas empresas foram constituídas e em quanto tempo?
- O que se produziu?
- Com que apoios?
- Que dificuldades foram encontradas?
- Qual a faturação?
- Quantas empresas sucederam e quantas falharam?
- Porque motivos sucederam ou falharam?

Compreendo que se tratam de questões demasiado complexas, merecedoras de uma tese de doutoramento até, e que não devem existir dados concretos sobre o assunto. Mas sendo a questão complexa, ela exige uma resposta complexa de forma a evitarem-se comentários reducionistas e populistas (do género: “os africanos não se sabem governar” ou “África aos africanos”).

sexta-feira, outubro 12, 2007 2:15:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Chapa 100, a democracia nao me parece eficaz para corrigir esbulhos do passado. A democracia me parece a encomenda perfeita para perpetuar a posse assimeetrica da terra no Zimbabwe.

Os colonizadore não arrancaram a terra dos africanos de maneira democratica. Soo por vias nao democraticas ee que se poderao corrigir algumas disfuncoes que a colonizacao provocou. A politica do black empowerment, por exemplo, accionada nos Estados Unidos e na Africa do Sul, ou as iniciativas de Accao Afirmativa em curso em paises como Malasia e outros, nao sao exemplos de democracia. Contrariam atee as leis do mercado. No entanto, sao necessarias.

Obed L. Khan

segunda-feira, outubro 15, 2007 10:52:00 da manhã  
Blogger chapa100 said...

caro obed L. Khan, nao sei se mugabe precisava mexer com as liberdades de todos os zimbabweanos para lidar com o problema da redistribuicao da terra. uma coisa é a redistribuicao da renda e riqueza e outra coisa é negar a propriedade privada sobre a terra a minoria.e os argumentos do mugabe sao de uma filosofia democratica, negar a liberdade de imprensa, prender opositores, restringir liberdade individuais e colectivas,"falsificar" processos eleitorais, etc, é de quem bem percebe os valores e as regras de jogo da democracia.

se acompanhar bem, mugabe deteve um maioria parlamentar, na decada 80 e 90, que lhe permitiu fazer mudancas constituicionais, em nome de uma reforma que visava promover maior controle sobre a distribuicao da renda. e no pacote inicial a questao da reforma e distribuicao da terra vinha em outros moldes, de uma democracia intervencionista. as politicas publicas do mugabe em sectores nao agricolas foram infelizes, e a terra aparece no fim deste processo de reformas, motivada pela crise economica e politica, que assustou a base de suporte politico da zanu, a rural, devido ao descontentamento do eleitorado urbano.

o que interessa neste momento é saber se a usurpacao da terra podera resolver por completo a crise economica e politica no zimbabwe. uma coisa é nacionalizar a terra, devolvendo a propriedade ao estado, outra coisa é usurpar e distribuir para generais e antigos combatentes.nao que os generais e antigos combatentes nao tenham direito, mas mugabe faz isso usando os mesmo criterios usados pelos colonos britanicos quando distribuiam a terra pelos melhores servicos prestados a corte, ao servico da rainha, aos oficiais envolvidos em campnhas militares em africa.

a africa do sul comecou com um programa massivo de formacao e assistencia tecnica ao empreenderismo e a actividade economica dos negros. alguns sucessos do black empowerment na africa do sul esta acente na componente de assistencia tecnica e transferencia do know how para candidatos negros a actividade empresarial. porque optou por este caminho? segundo um colega amigo ligado a juventude do ANC, disse que o caso do programa de apoio a antigos combatentes em mocambique na decada 80 e 90 e o programa do black empowerment nos EUA, mostrou que a falta da componente capacidade tecnica e assistencia tecnica acompanhado de acesso a fundos com gestao independente levou esses programas a falencia. e disse mais, que o acesso a esses fundos e a assistencia tecnica deve obedecer a leis do mercado, e diversificando tambem as areas economicas. e Sera que para os negros zimbabweanos a terra tera o valor economico pelo qual lutam? a maioria da terra em mocambique é explorada por mocambicanos, e se formos a ver quantos mocambicanos proprietarios de terra participam activamanete na exploracao economica da terra, ficaremos assustados, comparados com os brancos sul africanos, zimbabweanos e de outra nacionalidade que exploram economicamente a terra em mocambique. que exemplos o zimbabwe tem da elite negra que contola outros sectores como energia, transporte, construcao civil, telecomunicacoes no crescimento e desenvolvemento economico e social do zimbabwe.

sobre o racismo, acho que misturar este tema com nossa posicoes racicas, como fazem alguns articulistas neste debate é perigoso. vivo no quotidiano o racismo, de diferentes formas, e sou de opiniao que abordar mugabe e racismo nestes debates é problematico.

segunda-feira, outubro 15, 2007 4:47:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Chapa100, o grande problema ee que os que criticam Mugabe nao nos ilucidam como fariam eles para abordar a questao da terra no Zimbabwe perante (i) a recusa da Inglaterra em cumprir os compromissos assumidos em Lencaster House e (ii) os precos desproporcionados e absurdos que os farmeiros exigiam para vender as terras sempre que o Governo se propusesse compra-las para distribui-las.

A terra retirada aos farmeiros brancos nao foi destribuida pelos amigos de Mugabe. Isso ee uma falacia e faz parte das tacticas de demonizacao. A relativa popularidade de Mugabe nas zonas rurais desmente a atoarda de que ele distribuiu a terra somente pelos generais e antigos combatentes.

A terra no Zimbabwe ee, neste momento, propriedade do Estado. O farmeiro beneficia apenas do Direito de Uso e Aproveitamento. De acordo com os desenvolvimentos mais recentes da lei de terras naquele paiis, ningueem laa ee proprientario de terras.

O que eu sugiro, para analizar com mais frieza este assunto, ee retirar todos os rotulos diabolizadores que a propaganda ocidental usou para pintar Mugabe e o seu regime. Subsequentemente, dever-nos-iamos ater aos factos historicos.

O sofrimento da populacao zimbabweana deriva, em grande parte, de um sistematico e eficaz bloqueio economico a que aquele paiis foi sujeito, como punicao pela sua ousadia em tentar redistribuir um recurso vital.

Obed L. Khan

segunda-feira, outubro 15, 2007 5:16:00 da tarde  
Blogger chapa100 said...

caro obed L. khan, acho que estamos de acordo, o mugabe existe. e é quem governa zimbabwe usando o capital politico e intelectual da zanu. prontos.

mugabe nao é diabolizado por mim. ate porque gostaria de te-lo conhecido quando andou em quelimane. o editor do savana, no seu ultimo comentario no savana fala da "visitas" apetitosas do Mugabe aos palcos do diabolizante, a ilha britanica. fez essas visitas quase vinte anos, foi aliado britanico em algumas resolucoes das nacoes unidas e da commonwealth. um dos grandes escritorios regionais da commonwealth era dirigido por um zimbabweano, da zanu, que tive o previlegio de trabalhar com ele. alem dos 40000 homens que estiveram ca protegendo infra-estruturas nossas e treinando nosso exercito.no tempo da guerra o governo de mugabe ajudou e apoiou muitos refugiados mocambicanos e mais foi mugabe que fez algumas importantes ligacoes para que a guerra civil tivesse seu fim em mocambique e pudessemos ter o acordo de paz em roma. entao mugabe é um actor importante para muitos "factos historicos" de mocambique.

Caro Obed L. Khan, esta historia sobre a terra esta mal contada, ate os proprios zimbabweanos, do rural e do urbano, muitos nunca viram o tal documento do lancaster house, e muito menos como foram feitas e gastas as libras da ajuda recebidos pelo governo do mugabe, entao enquanto os britanicos dizem que mandaram mais 40 milhoes de libras, o mugabe diz que os britanicos nao honraram os compromissos segundo documentos do lancaster house que so ele e seus companheiros tem conhecimento. enquanto os britanicos tem documentos que provam que houve dinheiro que la entrou, o governo da zanu parece nao ter papeis nenhuns da mola. parece que o mugabe foi ate um bom estratega, essa diabolicao do conflito favorece mais a ele, porque tudo fica ao nivel da pessoa do mugabe e do seu narcisismo e esquece-se a coisa que mais conta, governacao e transparencia.

e parece que o mugabe ja arranjou futuro para criancas zimbabweanos, passar toda a sua vida pagando o plano marchall ja preparado pela comunidade internacional quando o mugabe sair do poder. entao mugabe vai transformar uma geracao inteira em escravos de instituicoes internacionais de "ajuda" e desenvolvimento. e pior a proxima iniciativa HIPIC so volta daqui a 50 anos.

agora se existe outra forma de resolver a questao da terra, nao sei. mas os casos da namibia, africa do sul,chile, brasil, mostram que precisa-se de resolver mais sem sacrificar as instituicoes e cultura democratica, assentes na protecao a propriedade privada, liberdades politicas, imprensa livre, e espacos de exercicio civico e de cidadania.

os casos de botswana, cabo verde,mauricias, ghana mostram que a democracia nao é assim um sistema impossivel para sociedades africanas.

segunda-feira, outubro 15, 2007 8:55:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Chapa100, insisto no ponto de que não percebo que democracia ee essa que vocee sugere, em que individuos que espoliaram os africanos da terra no passado, podem exigir precos absurdos e desproporcionados quando os novos Estados, saidos das lutas de lbertacao, pretendem iniciar processos de redistribuicao.

Acresce-se que esses governos carecem, no geral, dos recursos financeiros necessarios para recomprarem a terra que, no passado, foi arrancada aa forca aos africanos.

Fala da experiencia de varios paises a qual, no seu entender, estaa a ser positiva nesse processo de reforma da posse da terra. Confesso minha ignorancia relativamente ao que se estaraa passando no Chile, Brasil e outros lugares. Conheco no entanto razoavelmente a situacao da Africa do Sul e da Namibia. Estou em condicoes de lhe informar que laa, esse problema da terra nao estaa resolvido. Aqueles paises estao sentados sobre um barril de polvora. Nao seria de estranhar que laa tambem surjam em algum momento outros Mugabes. Afinal as bases, aqueles que votam, pressionam nesse sentido.

Um abraco

Obed L. Khan

terça-feira, outubro 16, 2007 5:13:00 da tarde  
Blogger chapa100 said...

Caro Obed, justificar que o processo democracratico, no caso zimbabweano, perpetua a desigualidade na distribuicao da terra, é problematico. por questoes politico-historicas a ocupacao e exploracao da terra pelos "brancos" representa para muitos a "continuidade" do colonialismo em africa – zimbabwe em particular, segundo o discurso do Mugabe no ataque a posicao e as sancoes impostas pela englaterra e comunidade internacional. e na perspectiva cultural e sociologica a terra representa a organizacao e representancao cultural do poder, a “saude” das relacoes sociais, a estrutura economico-social de determinadas sociedades africanas.

no contexto da urbanizacao e estrutura economica-social das sociedades actuais africanas, sera que a terra continua com o mesmo simbolismo e peso economico-social para muitos “africanos”? que representacao politica tem os eleitores rurais, agricultores e camponeses na plataforma de exercicio politico e governativo da zanu? ( sem querer comparar, a Frelimo no seu ultimo congresso tinha a percentagem de operários de 0,6%, camponeses de quase 7%, contra funcionários do Estado e do partido na ordem de 56%, se observarmos a distribuicao da populacao mocambicana pela actividade economica, entre a rural e urbana, podemos chegar a uma analise interessante sobre a manifestacao e expressao politica dos “donos da terra”).

a democracia nao resolve a questao da terra, mas cria instituicoes que podem mediar os varios interesses que estao a volta do poder sobre a terra. o que interessa aqui com a questao zimbabweana é saber se era assim tao necessario “distruir” instituicoes democraticas, limitar liberdades civis e politicas, para poder resolver a questao da terra? Com a independencia de paises africanos, a elite nacionalista pensou que tivesse resolvido a injustica nas relacoes sociais e economicas dentro de sociedades africanas e entre sociedades. Pelo menos samora dizia que a independencia era um processo, e percebeu que o antogonismo social, liberdades civis e politicas nao sao capazes de ser dissociadas dos mecanismos democraticos numa sociedade (lendo SAMORA- homem do povo, 2001), e a construcao do homem novo era isso, sair de uma sociedade sem liberdade e injusta, para uma sociedade mais justa e acente em liberdade politica e civicas. Agora os mecanismos para essa emancipacao democratica teve os contornos que todos nos sabemos, nao porque a formula estava errada, mas porque a formula foi produzida fora do estudo das relacoes sociais e economicas numa sociedade. O mesmo vejo com mugabe, o direito a propriedade privada e acesso a meios de producao pela populacao negra, nao pode ser garantida sem a autonomia moral e politica dos que “fabricam as relacoes sociais e economicas “ numa sociedade.

o zimbabwe conseguiu durante muito tempo acelerar a distribuicao da terra sem limitar a autonomia moral e politica dos zimbabweanos. fez-o porque acreditava em instituicoes democraticas e na independencias das instituicoes fora da zanu? O que tento aqui escrever caro Obed, é questionar ate que ponto a „aquisicao“ da terra pelos negros representa a sua liberdade ? Nao estamos outra vez a re-escrever o fantastico „colombo“ da escravatura, de que a liberdade da populacao negra resume-se na terra que cultiva e nao nas relacoes sociais, politicas e economicas que transformam nossas sociedades nas mais justas e responsavel?

caro obed, a democracia nao é o fim das coisas, muito menos o comeco de tudo. As tuas inquietacoes sao minhas tambem. Se nao sao as instituicoes democraticas as mais eficazes na resolucao deste problema, entao quais instituicoes e sistemas politicos serao as mais eficientes? Engracado que a diplomacia silenciosa esta sendo exercida por governos democraticos. O que isto podera significar no campo do mugabe e do mbeki?

quarta-feira, outubro 17, 2007 6:29:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Chapa100, creio que partilhamos muitos pontos de vista. Estou sem tempo para fazer uma (m�nima) elabora�o, em resposta aas tuas interessantes sugest�es e hipoteses. Estou de saida de Maputo e, para onde vou, nao terei acesso aa internet. Se nessa altura aida for oportuno, poderei repronunciar-me na proxima semana. No debate desta questao, que me parece nao se destinar a conquistar razao, trocamos muita informacao que muitas vezes ee ignorada pelos "especialistas" da questao zimbabweanoa.

Um abraco

Obed L. Khan

quinta-feira, outubro 18, 2007 12:21:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

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terça-feira, dezembro 04, 2007 9:01:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estamos de novo a discutir democracia...
Félix Gorane

quinta-feira, janeiro 03, 2008 9:38:00 da tarde  

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