30 junho 2007
Boa noite a todos, perdoem-me só agora entrar em contacto convosco.
Litos, bem-vindo.
Quanto ao tema, devo ser franco: a minha formação em história não me permite aventuras biológicas.
Pouco sei disso.
Todavia, quero crer que a Sónia pode ter razão e que os aspectos sociais podem ser determinantes.
Bem-estar para todos vós.
Geraldo do Santos
Atenção...
Olha, Gorane, pelo estádio actual da ciência, nenhuma afecção psiquiátrica, por exemplo, pode ser associada a determinismos genéticos "fortes". A única patologia "psiquiátrica" para a qual foram identificados factores genéticos de "predisposição" diz respeito ao autismo infantil. Mas são probabilidades fracas.
Mas mais, Gorane: o peso da liberdade humana é grande, não somos como os animais, determinados fatalmente pelos genes. Se somos determinados por algo é pelo conjunto da vida social e cultural.
Um abraço do tamanho do Zambeze.
Sónia Ribeiro
Sou mais prudente do que a Sónia
Boa tarde a todos!
Bons olhos o vejam, Sr. Serra!
Peço perdão pelo atraso no contacto, mas tenho estado ocupado com alguns processos judiciais e por isso tenho tido dificuldades para entrar na net.
Bem, li também o diário e acabei de ler o que a Sónia escreveu.
Gostaria de ser bem mais prudente do que vocês, do que a Sónia, gostaria de defender o pricípio de que há certas coisas que são inevitáveis, certas coisas que nunca mudam, as coisas culturais, por exemplo.
Penso que existe uma espécie de genética cultural permanente. Sejam quais forem as mudanças, elas são sempre nos pormenores pois o fundo permanece. As pessoas podem mudar, mas a cultura permanece.
Quanto ao comportamento desordeiro, talvez aí também possamos pensar em algo permanente, herdado e ainda hoje leio com prazer as teorias de Lombroso.
Tenho dito.
Félix Gorane
Sim...
Olá Sónia!
Julgo que é esse o sentimento generalizado dos cientistas, dos investigadores, dos epistemólogos.
Mas, infelizmente, somos ainda hoje herdeiros (e praticantes zelosos) das teorias de Gall, Broca, Lombroso, Galton e de tantos outros.
Aguardemos, entretanto, a reacção dos outros colegas. E dos nossos leitores, claro.
Abraço.
Carlos Serra
Não concordo
Aqui estou hoje, neste lindo de sol aqui em Tete.
Sim, já li o que lá escreveu.
Sou professora de Biologia, como sabeis, mas não acredito que a biologia só por si - ou seja determinante - reja o comportamento humano. Acredito que o comportamento humano é essencialmente social e, portanto, largamente determinado por regras sociais.
Acredito que a conduta humana requer uma analáse variada, multifactorial, fazendo intervir ao mesmo tempo fenómenos sociais, congitivos, cultuais, genéticos, sexuais, médicos, etc.
Acho horrível que o Sr. Sarkozy tivesse querido atribuir a crianças a marca de uma determinação genética irreversível e de um comportamento contestador precoce.
Os meus cumprimentos.
Sónia Ribeiro
Bom dia, preguiçosos!
Bom dia, preguiçosos! Ontem apenas apenas a Sónia me respondeu! Onde estais? Hoje é dia de falarmos um pouco. Espero por vós. Entretanto, proponho-vos que discutamos as posições do presidente Sarkozy no que concerne ao inatismo genético. Peço-vos que passais os olhos pelo meu diário. Aguardo por vós, até já.
Carlos Serra