24 julho 2007

Différences

Hélas! Madame Ribeiro, estou feliz por você estar ici!
Olhe, seus cabotins, antigamente eram as terras, os países quem partia ao encontro du monde, mas hoje é o monde quem parte ao encontro das terras.
Este mundo é definitavemente bem maior et différent do que o quintal das nossas casas, ainda que eu esteja consciente que a aldeia continua, toujours, a habitar cada uma das nossas almas pretensiosas.
Então, é neste mundo enorme, diferente, que temos d´accepter la diferença, de partager les diferenças.
Como escreveu alguém no journal du Carlos, se eu gosto de uma chose, devo permitir que outro goste de outra coisa voilà.
O mundo é este espelho enorme de choses, de choses distintas.
Amitiés à tous.

Joseph Poisson

Quem cria os cabarés?

Olá, meus amigos, muito boa tarde.
Vejam lá, deu-me a vontade de escrever, aqui neste Tete tão pacata e onde tudo é calmo e pequeno, ainda que não tenha muita esperança de que possais estar aqui hoje.
Acompanho as vossas posições e procuro compará-las com as minhas, procuro interrogar-me, distante que estou da vida buliçosa de Maputo.
Penso que há muito de razão no Sr. Poisson quando afirma que são os homens quem cria o sexo, no sentido de que são eles quem sexualiza as mulheres, quem nos transforma em objectos de prazer, quem nos define um lugar coberto ou descoberto, bonito ou feio, decente ou indecente.
Por exemplo, os dancings, os cabarés, tudo isso é criado por mulheres? Penso que não.
Aguardo os vossos comentários.
Um abraço do tamanho do Zambeze.

Sónia Ribeiro

22 julho 2007

M. Gorane...

M. Gorane, diga-me une chose: são as mulheres que fazem o sexo ser sexo ou é você que vê sexo onde ele não existe?
Você, M. Gorane, est um vrai producteur de sexo, sabe? Você pornografa as choses.
Deixe as mulheres serem sãs et não veja nelas o que apenas está nos seus olhos et na sua cupidez voilà.
Sacrebleu!
Amitiés à tous.

Joseph Poisson

Ouve, Geraldo...

Ouve, Geraldo: estás a querer dizer que devemos linchar a diferença? É isso o que estás a defender?
Sabes qual é o real problema, meu velho professor?
O problema é que Ivânia individualiza, destaca, torna incopiável o que, por regra, em muitas coisas da nossa cultura, surge colectivado.
Por acaso tu criticas as nossas danças? As pões em causa? Por acaso dizes que elas revelam toda uma possante sexualidade? Fazes isso, Geraldo?
Não, não fazes.
O teu problema, como, afinal, o problema de muitos, é a independência que Ivânia obtém, homologa em cada actuação sua.
Nao desejo discutir a qualidade artística de Ivânia, mas o acto "herético" dela se afirmar, de ser diferente, de ter essa coragem.
Entendes?
Abraço a todos.

Carlos Serra

A questão central

Finalmente estamos todos juntos hoje. Que bom!
Ouve, Carlos, tenho acompanhado o debate em torno de Ivânia.
O problema não é se ela fere ou não a cultura africana, asiática, árabe ou do tipo que desejardes.
O problema também não é se há mulheres que dançam com os seios desnudos.
O problema igualmente não é se outrora as nossas mulheres andavam semi-nuas.
Finalmente, o problema não é se há gente que critica a imoralidade para depois a praticar na clandestinidade.
O problema é que, seja qual for a cultura, a hora e o ângulo de visão, existem normas sociais que, más ou boas, devem ser respeitadas.
Essa é, para mim, a questão central. E a defendo de forma humilde, sem querer ferir alguém.
Se há pessoas que fazem de forma diferente, devem ser chamadas à atenção, sob pena de entrarmos na anarquia.
Um forte abraço para todos vós.

Geraldo dos Santos

Do lado de Mme Dame

Bonjour, je suis ici aussi.
Alors, também li l´oficina et devo dizer franchement que moi estou do lado inteiro da Mme Dame.
Ela tem todo o droit de organizar a sua vida como ela deseja e nós não temos nenhum droit de interferir nisso.
O respeito pela diferença é a alma da democracia.
E puis esta história da moral é chose sempre muito complicada. Quem pode dizer que detém o poder de a reger?
Amitiés.
Joseph Poisson

O meu problema

Boa tarde, hoje também estou aqui.
Lamento a morte do filho da Sra Ivânia, mas devo dizer que não é só a possibilidade de o aborto ter sido causado pelo esforço exigido pelos espectáculos, é, também, a imoralidade de dançar semi-nua e grávida. Isso choca profundamente qualquer pessoa.
Meus cumprimentos.

Félix Gorane

Sobre a Dama do Bling

Boa tarde, Sr. Carlos, estou aqui!
Olhe, li o seu diário e tenho uma coisa a dizer sobre a Dama do Bling. Creio que o o aborto dela pode ter relação com os seus espectáculos, com os movimentos feitos, eventualmente excessivos. Não excluso o stress, mas creio que a actividade física que um espectáculo de palco exige pode também ter contribuído.
No resto estou inteiramente do lado dela.
Cumprimentos do tamanho do Zambeze aqui nesta Tete.

Sónia Ribeiro

Não entendo

Seus preguiçocos, estais aí? Devo confessar-vos que não entendo por que razão só intervis quando vos chamo. É incrível!
Abraço.

Carlos Serra

01 julho 2007

Ah este Senhor Gorane

Ah este Senhor Gorane, quelle joie la mienne.
Então M. Gorane diz que há uma espécie de genética cultural permanente, que certas choses nunca mudam?
Sacrebleu!
Diga lá M. Gorane: o que nunca muda? E o que é genética cultural permanente?
Amitiés.

Joseph Poisson